O Governo de São Paulo anunciou um investimento de R$ 36,9 milhões para revitalizar parques estaduais. Cinco unidades de conservação serão beneficiadas, oferecendo potencial para o turismo ecológico. O Parque Estadual Ilha Anchieta, por exemplo, já está aberto desde abril para visitação. Além disso, o plano inclui a concessão de quatro parques à iniciativa privada, incluindo o Parque da Juventude, localizado na Zona Norte, em um terreno anteriormente ocupado pela Penitenciária do Carandiru, e o Parque Ecológico do Tietê.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que falar sobre meio ambiente é falar sobre compromisso, tanto com as gerações passadas que mantiveram 60% do Brasil preservado, quanto com as gerações futuras. Ele ressaltou que o governo está desenvolvendo uma série de ações que representarão um investimento talvez nunca antes visto na história do Estado.
No total, o plano envolve um investimento estimado em R$ 3,13 bilhões, provenientes de recursos públicos e privados, além de R$ 5,6 bilhões destinados ao programa IntegraTietê até 2026. Além dos parques mencionados, o Parque Estadual do Belém, localizado na Zona Leste, e o Parque Jequitibá, situado entre Osasco e Cotia, também estão sendo estudados para concessão.
O Plano Meio Ambiente SP será composto por 21 ações, abrangendo seis eixos temáticos: parques estaduais, biodiversidade, educação e conscientização ambiental, bioeconomia e finanças verdes, fortalecimento institucional, e resiliência e adaptação climática.
O investimento mais expressivo será direcionado à biodiversidade, com uma previsão de R$ 1 bilhão. A expectativa é restaurar 37,5 mil hectares de vegetação até 2026, por meio de seis programas em andamento, como o Conexão Mata Atlântica e o Refloresta São Paulo. Segundo o Painel Verde, plataforma do governo paulista, o Estado registrou uma queda de 82% no desmatamento entre 2021 e 2022.
O plano também inclui a realização de um concurso público até o final deste ano para preencher 224 vagas de agentes na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Além disso, está prevista a construção ou revitalização de cinco unidades dos CRAS (Centros de Recuperação de Animais Silvestres).
O programa IntegraTietê, voltado para o principal rio do Estado de São Paulo, envolve uma série de medidas em diferentes prazos. Essas ações visam melhorar o monitoramento da qualidade da água, a recuperação da fauna e flora, a expansão da rede de saneamento básico, o desassoreamento e a gestão de pôlderes, entre outras iniciativas. Os investimentos previstos para o programa totalizam R$ 5,6 bilhões.
Entre as inovações propostas para o desassoreamento do rio e seus afluentes, destaca-se a estruturação de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Além disso, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) será transformado na Agência SP Águas, fortalecendo os papéis de regulação e fiscalização do órgão. O plano também prevê um modelo de contratação para o esgotamento com foco em gestão por resultados, onde os pagamentos seriam feitos com base na quantidade de clientes conectados, além de melhorias nos indicadores de qualidade da água do Tietê.