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Ilha dinamarquesa chega a auto suficiência energética 

Crédito da Imagem: Foto: Group Publishing
Bandeira da Dinamarca

Cientistas de todo o mundo estão motivados pela necessidade de desenvolver novas fontes de energia, resultando na criação de novas tecnologias. Um exemplo impressionante é uma pequena e remota ilha dinamarquesa chamada Samso, que possui apenas 3700 habitantes. Essa ilha tornou-se uma referência internacional ao alcançar a autossuficiência de energia limpa, atingindo uma taxa notável de 100%.

Na verdade, Samso foi além dessa conquista. Atualmente, a ilha produz 40% a mais de energia renovável do que consome, exportando aproximadamente 80 mil megawatts-hora (MWh) de eletricidade para outras regiões do país anualmente. Isso a tornou um modelo exemplar em termos de planejamento de transição energética.

A história da autossuficiência energética de Samso teve início em 1997, quando o Ministério do Meio Ambiente lançou uma competição entre cidades. A ilha recebeu financiamento para alcançar a meta de 100% de energia limpa em um prazo de dez anos. Surpreendentemente, eles conseguiram atingir esse objetivo mais cedo, em 2005. A partir desse momento, toda a eletricidade consumida na ilha passou a ser proveniente de fontes renováveis, com destaque para as turbinas eólicas. Além disso, houve uma mudança significativa na forma como os sistemas de aquecimento funcionam, deixando de ser alimentados por óleo e gás e passando a ser supridos por usinas de biomassa e painéis solares.

A próxima meta de Samso é eliminar completamente o consumo de combustíveis fósseis até 2030. Para isso, é necessário não apenas alterar os métodos de geração de energia, mas também reduzir o impacto ambiental de outras atividades. A ideia é envolver cada vez mais a comunidade local, conscientizando-a sobre a importância dessa iniciativa diante da atual crise climática. Os investimentos iniciais para a instalação das primeiras 11 turbinas eólicas em Samso foram realizados por centenas de residentes da ilha, juntamente com financiamento público. Esse modelo cooperativo é comum na Dinamarca, onde empresas de água e energia têm os cidadãos como sócios minoritários, o que pode resultar em contas reduzidas no longo prazo. É válido destacar que a Academia de Energia de Samso recebe mais de 5 mil visitantes por ano, incluindo representantes governamentais e cientistas.

*Notícia Publicada por Group Publishing