As energias eólica e solar corresponderam, no mês de julho, a 27% da geração elétrica, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão que gerencia a operação do sistema elétrico do país.
No mês de julho, o Brasil alcançou pela primeira vez a marca de um quarto de sua eletricidade proveniente das fontes de energia eólica e solar, conforme dados divulgados pela organização Ember, sediada em Londres, na Inglaterra.
De acordo com o levantamento realizado com base em dados públicos da Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as energias eólica e solar corresponderam a 27% da geração elétrica brasileira no mês de julho.
No total, a energia eólica contribuiu com 19% da eletricidade (equivalente a 10 terawatt-hora), enquanto a energia solar representou 8% (cerca de 4,1 terawatt-hora). A energia eólica é gerada por meio de turbinas movidas pela força dos ventos, enquanto a energia solar é frequentemente obtida por meio de painéis fotovoltaicos que captam a luz solar.
Os combustíveis fósseis, convertidos em eletricidade em usinas termelétricas, foram responsáveis por 8,9% do total, enquanto as hidrelétricas representaram mais de 60%.
Nicolas Fulghum, analista de dados da Ember, destacou: “O Brasil agora está entre os 25 países do mundo que atingiram a marca de um quarto de energia eólica e solar em um mês completo.”
A taxa de crescimento das fontes de energia eólica e solar no Brasil está acima da média global, indicou a organização. Fulghum afirmou que a ambição do Brasil está impulsionando o país rapidamente, com uma taxa de crescimento anual de 37% para essas fontes em julho, superando a média mundial.
A combinação do crescimento das energias eólica e solar em ritmo acelerado com a oferta contínua de painéis solares e condições favoráveis de chuva, que têm mantido os reservatórios de hidrelétricas em níveis elevados mesmo durante a estação seca, provavelmente resultará em uma redução contínua da participação dos combustíveis fósseis na matriz energética brasileira, de acordo com a Ember.