No domingo (13/08), o cenário político argentino foi sacudido por uma vitória surpreendente, marcada pela frase emblemática: “Não vim guiar cordeiros, vim despertar leões.” Com 30% dos votos nas eleições primárias, Javier Milei, candidato do partido La Libertad Avanza, assegurou um lugar de destaque nas eleições presidenciais agendadas para 22 de outubro.
Aos 52 anos, Milei emerge como um favorito inesperado, superando as duas forças políticas que moldaram a Argentina nas últimas duas décadas: o macrismo (Juntos por El Cambio), que conquistou 28% dos votos, e a coalizão peronista-kirchnerista, Unión por la Patria, que obteve 27%.
Alicerçando sua plataforma econômica, Milei advoga pela dolarização da economia argentina, citando exemplos positivos de países vizinhos como o Equador. O fechamento do Banco Central, instituição fundada em 1935 e considerada por ele como a raiz dos problemas econômicos do país, também figura entre suas propostas.
O candidato da La Libertad Avanza também almeja reduzir o tamanho do governo e os gastos públicos, diminuindo o número de ministérios e cortando subsídios para empresas prestadoras de serviços. Ele sustenta que os cidadãos argentinos deveriam ter a liberdade de comprar armas e que a venda de órgãos humanos deveria ser permitida, uma posição amplamente contestada por especialistas.
Javier Milei, frequentemente comparado a figuras da direita radical global, como Donald Trump e Jair Bolsonaro, agora está posicionado para disputar a presidência da Argentina com uma plataforma de mudanças radicais. Seu lema destemido ecoa por todo o país, enquanto ele busca transformar a política e a sociedade conforme as eleições presidenciais se aproximam.
